Transparências
A libélula voava sobre um lago,
Inocente, sem suspeitar de qualquer perigo.
O ar continha em si mesmo um peso vago
E a água refletia apurado brilho.
Na calma da campina, em meio à floresta,
Os insetos noturnos, um mundo à parte;
Às margens do largo rio era manifesta
A justa da divisão, do que se reparte.
Havia ali um quê de tempo suspenso
E as palmas contra o azul mal se balouçavam...
A lua seria cheia, a maré sem vento
E tu, o homem perfeito que me amava.
Mas tempos pouco são firmes e mudam sempre,
Transformam em poucas horas a paisagem
O que soprava no alto, ora sopra rente
E aos saltos, a forma elástica estica a imagem.
É certo que a solidão pode ser benquista,
Se a forma de se entender conduzir ao nada,
Se a luta pelas certezas que se conquista
Transpassar a iridescência da alma alada.
nilzaazzi.blogspot.com.br
A libélula voava sobre um lago,
Inocente, sem suspeitar de qualquer perigo.
O ar continha em si mesmo um peso vago
E a água refletia apurado brilho.
Na calma da campina, em meio à floresta,
Os insetos noturnos, um mundo à parte;
Às margens do largo rio era manifesta
A justa da divisão, do que se reparte.
Havia ali um quê de tempo suspenso
E as palmas contra o azul mal se balouçavam...
A lua seria cheia, a maré sem vento
E tu, o homem perfeito que me amava.
Mas tempos pouco são firmes e mudam sempre,
Transformam em poucas horas a paisagem
O que soprava no alto, ora sopra rente
E aos saltos, a forma elástica estica a imagem.
É certo que a solidão pode ser benquista,
Se a forma de se entender conduzir ao nada,
Se a luta pelas certezas que se conquista
Transpassar a iridescência da alma alada.
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