Viagem Insólita
Saio de minha caverna
Olho à volta desconfiado
Para um lado, para outro...
Vejo e não enxergo nada..
Vem aquela frase da piada
Do pintinho dopado:
“Não tou sentindo nada!”
Desde quando tem que estar
Sentindo coisas todo tempo?
Vem-me um eco lá dentro...
Perguntando eloqüente
“És termômetro de sentimento?”
Então aquela voz solene
Vem num irresistível sussurrar:
“Desde que sou gente
Que pensa e sente,
Preciso me exteriorizar”
Sair da caverna...
Olhar todo horizonte
Enxergar os montes
Pelo vale caminhar
Pisar em espinhos
Andar nas nuvens
Chover no molhado
Não ficar parado!
No meu caminho...
Marilú