EU CANTO

Eu Canto

Eu canto á margem da vida. (01)

Vejo o olhar mutuo sem areia

Fecho as portas do lago aberto

E disparo o animal pra pensar.

Eu canto á margem da vida. (02)

Durmo no silêncio das águas tristes

Banho-me na turbulência da alegria

Perco-me no vulto do descaso

Envio a paz das cartilhas

Em preto no branco.

Eu canto á margem da vida. (03)

Mas caio no sono raro das plumas

E abro a janela do sol pensante

Mas calo a passada da sobrevivência e

Presencio o rico mel da perda ao doce.

Eu canto á margem da vida 04)

Continuo sentado no topo da imaginação

Sobre céu invisível, diante do nada...

Que couro atormentado? Aquece o sobrenatural!

Mas, curvo-me a correr além do fim.