TOLO

Suave, deslisei minhas mãos

meus olhos eguiram outro rumo

minha boca calou o murmurio

minha mente surtou em silêncio

eu tinha a intenção do recomeço

a vontade do alvoroço

mas meu pescoço foi cruel

não se moveu para onde os olhos

se perderam

eu tinha a carência arrependida

e semeava o desejo escondido

mas o meu rosto não cedeu

tornou-se mascára morturaria

e morreu

com o meu sentimento

e os meus olhos lacrimejaram para dentro

a boca engoliu o devaneio

mas minhas mãos não se moveram

não a detiveram,

quando tua silhueta foi sumindo

minha mente foi se contraindo

tentando esquecer o ressentimento

eu tinha a tontura me envolvendo

e tinha o ardor me embreagando

mas o meu tronco orgulhoso e rijo

nãos se arrefeceu

agora, os meus pés, sonâmbulos lentons

me escorregam para outro canto

onde a dor do esquecimento

me fara cantiga

pra fingir um sono

tranquilo

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 24/04/2010
Código do texto: T2217081
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