TOLO
Suave, deslisei minhas mãos
meus olhos eguiram outro rumo
minha boca calou o murmurio
minha mente surtou em silêncio
eu tinha a intenção do recomeço
a vontade do alvoroço
mas meu pescoço foi cruel
não se moveu para onde os olhos
se perderam
eu tinha a carência arrependida
e semeava o desejo escondido
mas o meu rosto não cedeu
tornou-se mascára morturaria
e morreu
com o meu sentimento
e os meus olhos lacrimejaram para dentro
a boca engoliu o devaneio
mas minhas mãos não se moveram
não a detiveram,
quando tua silhueta foi sumindo
minha mente foi se contraindo
tentando esquecer o ressentimento
eu tinha a tontura me envolvendo
e tinha o ardor me embreagando
mas o meu tronco orgulhoso e rijo
nãos se arrefeceu
agora, os meus pés, sonâmbulos lentons
me escorregam para outro canto
onde a dor do esquecimento
me fara cantiga
pra fingir um sono
tranquilo