DESOLAÇÃO (Minha 500ª publicação aqui no recanto!)
Eu já havia jurado a mim mesmo,
Que não provocaria estímulos alheios,
Porque eu me pego sempre assustado
Com os meus sentimentos e em cheio
E penso que estou sendo pegajoso
Quando digo tudo o que eu sinto...
E continuo vivendo um abandono tremendo
Numa solidão de tamanho infinito.
Então eu me conscientizo
De que só devo conversar mesmo comigo,
Ainda que em “monodiálogos” tão loucos
Que só eu posso entendê-los, aos poucos,
Proporcionando a minha alma
O poder de me compreender inteiro,
Mas isso é um absurdo, meu auto-interlocutor
É mudo e recolho-me ao desterro desolador.