O FIO DO AMOR
Será o amor parte emoção ou da estrutura?
Será a flor, perfume ou o pólen carregado?
Será da matéria óssea, cálcica e dura,
Ou recheio, cerne, insólito sublimado...
Será o amor só cabível na amargura?
Ou é o compasso, que a bater descompassado,
Transfigura a doce face, é aflição e agrura.
Diz-se sempre ter sido o amor tido passado...
Que insanidade coloca em si o ser humano!
A um dado tempo, todo amor em fio se foi,
Sem esperança, seu caminho foi engano,
Feito em fiapos, sua lembrança é de dor,
Guardada em trapos, andrajos dos seus panos,
Que um dia foram vestes, lindo esplendor.
Será o amor parte emoção ou da estrutura?
Será a flor, perfume ou o pólen carregado?
Será da matéria óssea, cálcica e dura,
Ou recheio, cerne, insólito sublimado...
Será o amor só cabível na amargura?
Ou é o compasso, que a bater descompassado,
Transfigura a doce face, é aflição e agrura.
Diz-se sempre ter sido o amor tido passado...
Que insanidade coloca em si o ser humano!
A um dado tempo, todo amor em fio se foi,
Sem esperança, seu caminho foi engano,
Feito em fiapos, sua lembrança é de dor,
Guardada em trapos, andrajos dos seus panos,
Que um dia foram vestes, lindo esplendor.