Amor virtual
Toda vez que tu chegas, eu travo,
Sobe um calor, um frio me arrepia a tez.
Tudo dito, escrito, sem pensar, gravo!
Ouço e leio, em silêncio, tudo outra vez.
Quando me recolho ao leito calada,
Levo-te enrolado no corpo aquecido;
Da tua lembrança e mais nada,
Pede meu peito, claro e decidido.
Abastecida de diálogos e poesias,
Acendo meus sensores virtuais, fatais,
Que assim se seguem todos os dias.
Sua presença ausente, quero mais,
Nessa tela vazia, de cores tão frias,
Como nunca outro, quis jamais.