Saudade
Saudade é quando a célula expande,
e não depende de quem a mande,
ela cresce só e mata suavemente.
Saudade é quando o poema procura,
letra por letra, a opção de cura,
e nada encontra, além da dor.
Saudade é quando a mão solitária,
tateia no tempo a luminária,
porém, não alcança a luz.
Saudade é quando a força é nula,
os músculos espumas, a boca a secura,
pelo poder de não se aderir a nada.