A Nossa Vida num Espelho

Um expectador indiferente

Assim é o Tempo

Os Caminhos que chegam ao horizonte

São simples ilusão da nossa razão

O Tempo

Aprisiona a Vida num espelho

E torna as nossas retas e as nossas curvas

Símbolos convexos

Ficamos paradoxalmente nos contemplando

Magoados na dor e extasiados na felicidade

E sem perceber as tornamos

Símbolos disformes

E no final

Mostraremos as cicatrizes em nós

Acusando o Tempo de malfeitor

Mas o que havia de bom ele nos apresentou

Aproveitamos somente o que os nossos olhos puderam enxergar

E nem sempre o que o nosso coração pode sentir

Se miragens houve

Acreditamos nelas

E o Tempo passou

Robertson
Enviado por Robertson em 23/04/2010
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