Esse canto... meu canto

Esse canto descabido,

explodindo explosivo,

imapaciente a chegar,

que sufoca o meu pranto,

assumindo o seu lugar.

Enfeitiça e encanta,

do meu ser a se apossar

é força bela, incontida,

explosão a flutuar.

Remete-me, assim, a mil palavras,

aprisiona-me no seu querer,

me balança, me agita,

faz-me pássaro ser.

Ausente de vontade vou,

em sua vontade, a navegar.

Canta cantos, dono de mim,

explode furacão, a explodir.

Grita seu grito, me acena,

pedindo pra lhe seguir,

se recuso, me ordena

e me faz pássaro de jardim.

Revira-me em ondas, a circular,

me torna sereia de mar.

Alça-me em suas alturas

e me faz acreditar...

Que sou livre, sou encanto,

querer, querendo cantar.

Palavras em asas ritmadas,

cantando, querendo sonhar.

Cantando sonhos pelos caminhos,

sonhando Amor,

dispersa, no ar.

Otelice Soares
Enviado por Otelice Soares em 23/04/2010
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