Eu e a natureza

Todas as flores se voltam para a claridade,

não conseguem crescer sem os raios do sol.

Nossa memória se eleva na inspiração

e nossos pés beijam a terra.

A criança recebe as vitaminas

que necessita no peito materno.

A poesia tem a sabedoria do poeta.

A lei do amor substitui a personalidade,

é o requinte dos sentimentos.

Vivo esta poesia como se transportado

fora de mim mesmo.

Meus pés se tornaram leves,

como seus mártires ébrios

desceram ao palco da paz.

Em silêncio esse sol interior

condena minhas aspirações sobre humanas.

Através do vento as flores acenam

para as constelações.

O nascer dessa poesia não teria sentido

se não houvesse o amor.

O belo da natureza supera os maus pensamentos

tornando-os arrogantes.

Para os meus dias concedidos

estas palavras saíram do meu coração

para que o mundo saiba que só o amor constrói.

Nos dias de hoje Caim não pode continuar matando Abel.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 22/04/2010
Código do texto: T2213328