Caminhos
São estradas sem curvas, sem asfaltos
São caminhos sem luz e sem perdão
São estradas sem vida e sem destino
São caminhos de achados e perdidos
São estradas de pais e maloqueiros
São caminhos de putas e puteiros.
São estradas aos trancos e barrancos
São caminhos aos crentes e romeiros
Os meu passos nesta estrada
Não divergem do caminho,
Que eu começara então sozinho,
Mas não mais desamparado
Encontrei ,descontrolado,
Alguem que parou no caminho
Não sei porquê razão deixou de caminhar
Talvez estivesse ele cansado
De só ver as proprias pegadas
talvez...
Quem sabe as estradas onde caminharei.
Quem sabe os caminhos onde me encontrei
Quem sabe onde eu me perdi
Será que nunca me achei
Onde vai dar
Onde vai dar
Onde vai dar
Essa ponte que não caiu
Será que ela está intácta a minha espera
Será que o meu destino é ela, é nela
São estradas que hoje me fazem falta
São caminhos que não percorro
São os passos que não são dados
São as descidas e os morros
São as cabanas na escuridão da curva
São as pessoas que passam apressadas
E que não vêm a mirada turva
Dos que ficam na calçada.