Eu vim lá de Bacabal...
Eu vim lá de Bacabal...
Viu, ou ouviu o sinal
No que rendeu do papo imoral
Você pensando que ele era normal
Mas nada ele tem de mortal
Por não ser assim tão abissal
A sua teia e a sua veia conjugal
Que nada mais é que um jogral
Do teclar de um não imortal
Posto que carregue na dorsal
Remexida a consoante e vogal
Donde que se descortina um chacal
De dente canino em plural
A roer esse teu osso temporal
Pra por em tua caixa cerebral
Três pitadas do mais puro sal
Transformando o teu insosso cabedal
Numa nova verborragia animal
Que ressoa no mais límpido e belo cristal
A brotar do teu bem e do teu mal
A impor o derradeiro final
Vindo a jogar de forma por desigual
Uma última pá pesada de cal
Neste teu tosco viés sentimental.