Travesseiro.

Deito a cabeça sobre o travesseiro

de fronhas com babados

E azuis violetas...

Que não respondem nada!

Ficam apenas perfumadas

Do odor dos meus cabelos negros

Silenciosas testemunhas

dos meus desabafos.

E nas suas rendas meu desassossego

Noite à dentro eu passo.

E minhas mãos inquietas em suas finas fitas

Como a própria vida, eu desembaraço.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 22/04/2010
Reeditado em 27/04/2012
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