Travesseiro.
Deito a cabeça sobre o travesseiro
de fronhas com babados
E azuis violetas...
Que não respondem nada!
Ficam apenas perfumadas
Do odor dos meus cabelos negros
Silenciosas testemunhas
dos meus desabafos.
E nas suas rendas meu desassossego
Noite à dentro eu passo.
E minhas mãos inquietas em suas finas fitas
Como a própria vida, eu desembaraço.