O Corte

Em cortes lentos encontro um sentimento,

Talvez algo em mim escondido,

Não me dói tal retalho – entre abismos caminho...

Na água vermelha que corre ao chão,

Em meus pensamentos ando desatento,

Perco-me por lembranças – pela amarga dor...

Os dedos não correspondem aos movimentos,

A visão não me é fiel ao que observo,

Sentado meu corpo chora – puro lamento...

É tarde para reaveres antigos,

Fogem-me das mãos sonhos banidos,

Nada é real em meu sentido – acabo-me...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 22/04/2010
Código do texto: T2212568
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