O Corte
Em cortes lentos encontro um sentimento,
Talvez algo em mim escondido,
Não me dói tal retalho – entre abismos caminho...
Na água vermelha que corre ao chão,
Em meus pensamentos ando desatento,
Perco-me por lembranças – pela amarga dor...
Os dedos não correspondem aos movimentos,
A visão não me é fiel ao que observo,
Sentado meu corpo chora – puro lamento...
É tarde para reaveres antigos,
Fogem-me das mãos sonhos banidos,
Nada é real em meu sentido – acabo-me...