Lábios do Silêncio


Mas que silêncio dos lábios
do silêncio exagerado do olhar
do corpo que em sinais vive a falar
das palavras e sentimentos que não podemos ocultar

É silêncio sim, é pó...
há silêncio em mim, é nó...
silêncio que emudece o som
que tantas vezes me faz perder o tom

E nada mais se escuta
além do amor, dos gritos emudecidos da dor
das lágrimas de cristais
dos ecos suprimidos dos mortais

Tudo se cala, nada passa
mas a gente se acomoda
vivendo em bordas
E o coração pede abrigo
querendo um alívio...um grito!
Somente o sentimento persiste
e a alma insiste... em ecos transfigurar...

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 22/04/2010
Código do texto: T2212218
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