Mudanças

Andando no meio da multidão caminho a passos lentos

As pessoas passam e esbarram umas nas outras

Compartilhamos em nosso individualismo apenas o céu azul

E eu ainda preciso aprender a sonhar sonhos bons

Percebo o melhor e o pior do homem com a enxada

Da mulher que para com o carro caro na esquina

Da minha imagem refletida na vitrine daquela loja

De sujeitos que se debruçam em seu próprio comodismo

Me questiono como pessoas comuns e imperfeitas viram história

Cheios de erros como o homem da enxada,

da mulher com o carro caro e como eu no meio da multidão

São pessoas comuns que projetaram um mundo transformado

Se eu puder passar a ver razão para a imperfeição

Conseguindo transportar meu pensamento e imaginar

Que há pessoas surpreendentes possuídas de paixão

Por uma causa pequena ou grande que lhe roube a subjetividade

Então essa descrição não será mais sobre sonhos incompreensíveis

Mas sobre novos protagonistas com algumas soluções

De pessoas imperfeitas e também comuns que se esbarram pelas ruas

Que andam sob o mesmo céu fazendo parte de uma mesma história.

Luciana Bruder
Enviado por Luciana Bruder em 22/04/2010
Reeditado em 22/04/2010
Código do texto: T2211788
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.