Mudanças
Andando no meio da multidão caminho a passos lentos
As pessoas passam e esbarram umas nas outras
Compartilhamos em nosso individualismo apenas o céu azul
E eu ainda preciso aprender a sonhar sonhos bons
Percebo o melhor e o pior do homem com a enxada
Da mulher que para com o carro caro na esquina
Da minha imagem refletida na vitrine daquela loja
De sujeitos que se debruçam em seu próprio comodismo
Me questiono como pessoas comuns e imperfeitas viram história
Cheios de erros como o homem da enxada,
da mulher com o carro caro e como eu no meio da multidão
São pessoas comuns que projetaram um mundo transformado
Se eu puder passar a ver razão para a imperfeição
Conseguindo transportar meu pensamento e imaginar
Que há pessoas surpreendentes possuídas de paixão
Por uma causa pequena ou grande que lhe roube a subjetividade
Então essa descrição não será mais sobre sonhos incompreensíveis
Mas sobre novos protagonistas com algumas soluções
De pessoas imperfeitas e também comuns que se esbarram pelas ruas
Que andam sob o mesmo céu fazendo parte de uma mesma história.