A moça do telefone
A MOÇA DO TELEFONE
Quando ouvi a tua voz,
Dizendo-me “alô”,
Senti no peito algo diferente,
E não mais quero desligar o telefone,
A noite toda seria pouca, mas não foi possível,
E após desligar, veio aquela vontade louca,
De continuar a ouvi-la,
Mas o adiantado das horas,
Aconselhava-me o contrário,
Com esforço, contive-me,
Na manhã seguinte passei na sua rua,
Mas não conhecia sua casa,
Nem mesmo conhecia o teu rosto,
E todos me eram suspeitos e a agonia continua,
Até que eu receba um novo contato telefônico.
O Poeta da Solidão