Sentinela*
Essa não presença... me consome
Ensurdece-me a palavra não dita
O desejoso toque amado
Na epiderme de veludo... grita.
O estalo do beijo
Nesse universo não dado
Na rosada boca faz prosa e lira
A voz perfumada
Tom límpido e brando
Ronda-me, escuto-a
Em meu coração ouço
Ausente... faz-se um canto.
A luz translúcida que no cume brilha
Em mim tatuou o brilho
Em mim mais e mais alumia.
Felino azulado olhar... crava
Na encantada tez... é doce utopia.
Que hei de fazer sem essa presença?
No olhar somente uma sentinela
Uma certeza... uma sensação que devora
É paixão que me espreita... me toca... me olha.
Karinna*
*