JOVEM VAGANTE
Era jovem, mas não era traficante.
Era preto e não trabalhava,
mas não era bandido.
Não matava, não roubava, nem traficava nada.
Nada era apenas o que ele fazia...
Vagava, vagava.
Era jovem, e porque não era trabalhador,
não significava ser bandido...
Quiçá traficante!
Era um ser vagabundo...
estóico, pelo mundo,
mas não mais segue caminhando...
Premiado com a morte,
que só é feia pelo sangue no rosto.
Mas que é bela em sua asas,
em nossa imaginação,
que lhe projeta um paraíso,
cuja maior benesse é o conforto
para as almas de nós, vivos.
Estamos acesos, somos chama...
A clamar para que o passado
nos venha contra a natureza das coisas.
Parece que nós precisamos
de alguma força que contorne
as leis da física, quando não há solução...