JOVEM VAGANTE

Era jovem, mas não era traficante.

Era preto e não trabalhava,

mas não era bandido.

Não matava, não roubava, nem traficava nada.

Nada era apenas o que ele fazia...

Vagava, vagava.

Era jovem, e porque não era trabalhador,

não significava ser bandido...

Quiçá traficante!

Era um ser vagabundo...

estóico, pelo mundo,

mas não mais segue caminhando...

Premiado com a morte,

que só é feia pelo sangue no rosto.

Mas que é bela em sua asas,

em nossa imaginação,

que lhe projeta um paraíso,

cuja maior benesse é o conforto

para as almas de nós, vivos.

Estamos acesos, somos chama...

A clamar para que o passado

nos venha contra a natureza das coisas.

Parece que nós precisamos

de alguma força que contorne

as leis da física, quando não há solução...

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 21/04/2010
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