Dispo-me, por pudor...
O teu corpo mostra-se,
em volúpia que iguala
a luxúria de sedas
e de pesados veludos...
Em descarada afronta,
tomas-me a mão
e fazes-me crer
na riqueza ostensiva,
na solidez do teu ceptro,
no brilho atractivo da tua pele,
quente, perfumada,
ungida de preciosos óleos
afrodisíacos...
Eu,
humilde na minha condição
de serva do meu senhor,
humilhada
pelos meus pobres andrajos,
dispo-me, por pudor...