Poeta Vulgar.

Sou só um vulgar poeta a falar de amor.

Esse objeto abstrato, do qual exíguo me gasto

Tentando relatar,

Nas imundices dos becos, dos bares, das camas.

Este vil argumento sempre será por amar.

Eu sou só um bardo bêbado,

que num tal sexta-feira

deixou de sonhar.

que o amor era limpo, era puro , era casto.

e descobri sedento e ébrio

que sofrer é amar.

Sou só um poeta esfarrapado e noturno

Que do amor esquecido,

Deixou-se levar pela poesia.

Porque ela, e não o amor

Dá coerência a demência que é amar.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 20/04/2010
Código do texto: T2209479
Classificação de conteúdo: seguro