Sonhos que Fenecem
Os passos fogem dos pés
A refutarem rotas equívocas
Os lábios esquivam-se do adeus
Um silêncio imponderável se instala
Das janelas que migravam sonhos
Os pensamentos vagueiam outonais
Um vento triste, um açoite,
Uma porta que bate entreaberta
Na soleira dos olhares tristes
Um pranto de desejos vazios,
Um horizonte que dispersa desolado
Por mãos que se crispam omissas de gestos,
E despem o arbítrio de liberdade