Preta a coisa tá preta, se tá preta, tá bom (!?)

Preta a coisa tá preta, se tá preta, tá bom (!?)

Preta a coisa tá preta, se tá preta, tá bom (!?)

A coisa tá preta e sempre foi preta graça a Deus

Vamos lutar pelos meus pelos seus

Mulher negra de alma negra poesia de Maurício Marques

Não levanta do banco Rosa Parks

O céu preto com estrelas brancas

A terra branca com estrelas pretas

O final da estrada mau fiasco

O fato aconteceu no Carrefour de Osasco

Suspeito um negro em um Ford exspot

Segurança policia violência é seu porte

Somos alvos do mundo branco bizarro

Um negro acusado de roubar o próprio carro

Hyper mercado azul pra sangue azul

Eles têm maquinários humanos utilitário

Cadáver mental robozinho de aparelho

Meu coração minha pele preta de sangue vermelho

Como Huey Newton contra fardada América branca

Nóis temos que se proteger na maior banca

Numa grande tribo feito esferas

Na selva em um cambaio de panteras

Contra as hienas de azul e colete a prova de bala

Desgraçados que exala senzala as vezes mora na vala

De cabresto não sabe o que faz o que fala

Mas na favela se faz mau leva bala

Respeita a natureza por favor, sabedoria griô

Pelas as raízes o negro acha seu valor

Eles querem guerra armas e tanques

Amor de preto, prefiro um bom fank

Seu quero resistir penso em Malcolm

Oludum nós palco

Olha o zelo no belo moleque

Chico rei escondia ouro no black

De preto pra preto ecoa som na viola de bantu

Sagrado esse canto peço a bença pro santo

Quando nóis canta, dança e trança

É quando o negro avança

Cuti consciência negra meu forro

Mas favela é favela dinastia do morro

Rima sônica já rompeu placas tectônicas

Firme e forte numa só colméia numa cultural pangeia.

Preta a coisa tá preta, se tá preta, tá bom (!?)

Preta a coisa tá preta, se tá preta, tá bom (!?)