ATROZ
Estão tentando cortar a minha língua
Mas, ela já foi suficientemente retalhada
E agora não sinto mais as dores da fria navalha
Podem me chamar de canalha
Pois, a minha alegria declarada
Esconde toda a dor que se revela à míngua
Podem me chamar de atroz
Por suportar tão friamente as dores de então
Se pensas que sou insensível, sou não!
A minha resposta para tão cruel algoz
Cada ferida em mim não me deixa incapaz
Faz-me escrever tantos versos a mais
E neles estão a minha verdadeira voz
E neles encontro um pouco da minha paz