A MÃO DO TEMPO ( * )
Girava meu pensamento
Senti naquele momento
Vontade de escrever,
Na linha do horizonte
O dia começava nascer.
Tempo chuvoso há dias
Garoa fininha,
Bem suave o barulho das goteirinhas.
Neste momento preciso
Que gostosura no sítio,
Que o chamo meu paraíso.
Aquele tempo chuvoso
Que tempo gostoso
Para escrever tive tempo,
Tempo para contemplar o tempo,
Os tempos que se foram,
Os tempos que vieram,
Garei a pensar o que os tempos fizeram.
Dentro de poucos segundos
Pensei, na criação do mundo
Do tempo que o mundo não existia
Só o criador sabia
Que com o passar dos tempos
Tudo o que aconteceria.
O que está acontecendo hoje em dia
O criador previa
Ele sabe também que novos tempos virão
Aqueles que viverem verão,
Coisas que os tempos transformarão,
Sei com certeza já teve tempo
De amar, zelar, fazer o bem
Teve tempo, terá tempo
De andar de mãos dadas
No caminho do bem,
Tempo de sorrir, de chorar também.
Tudo isso passará
Mas é certo que neste mesmo caminho
Podemos ir longe,
Neste mesmo caminho podemos retornar.
Então, se passa a alegria, bem a tristeza.
Assim, ambas podem ir e voltar.
Ohhhh!!! Que pena, se alguém já teve tempo de errar,
A mão do tempo
Tudo resolve, podemos crer,
Faz da criança um idoso,
Faz a semente germinar,
Que com o tempo em fruto
Irá se transformar
A mão do tempo!
Como é bonita
A mão do tempo só não muda
O amor de Deus por nós
Esse amor é infinito.
( * ) A referida poesia é de autoria de ( Manoel da Silveira Corrêa - conhecido em Vazante-MG como: Manoel da Tunica). Disponível em: http://rogerioscorrea.blogspot.com