Rato do Tempo

Transformam-se os números,
do relógio digital.

Duas e trinta e dois...
Duas e trinta e três...
Duas e trinta e quatro...

Outros tantos virão depois ...
é noite lá fora outra vez,
e na despensa rói o rato.

Rói o tempo, os números,
o pedaço da lua, que já foi cheia,
rói a felicidade da moça, hoje feia,
rói o escuro, são seis e meia.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 19/04/2010
Reeditado em 05/12/2015
Código do texto: T2205779
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