Êxtase
Sinto carícias com a brisa da manhã
E flutuo em mim nos ares do pensamento,
Elevo meu espírito aos confins do firmamento,
Então percebo de repente o quanto a vida é vã.
Permito duas lágrimas rolarem em meu rosto esmaecido
E o Sol que me bronzeia a face é minha testemunha,
Solitário permaneço sem direção alguma
Até que a fome me enseje algo nutritivo.
O alimento é o amor que me vem do infinito
E que me envolve o coração numa centelha de luz,
Abro os braços para saudar o brilho que me seduz
Em minha alma imantada em tons divinos.
São nesses instantes de concentração sublime
Que o coração humano compreende o que a natureza imprime!