Êxtase

Sinto carícias com a brisa da manhã

E flutuo em mim nos ares do pensamento,

Elevo meu espírito aos confins do firmamento,

Então percebo de repente o quanto a vida é vã.

Permito duas lágrimas rolarem em meu rosto esmaecido

E o Sol que me bronzeia a face é minha testemunha,

Solitário permaneço sem direção alguma

Até que a fome me enseje algo nutritivo.

O alimento é o amor que me vem do infinito

E que me envolve o coração numa centelha de luz,

Abro os braços para saudar o brilho que me seduz

Em minha alma imantada em tons divinos.

São nesses instantes de concentração sublime

Que o coração humano compreende o que a natureza imprime!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 18/04/2010
Código do texto: T2204211
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