SALINAS DESERTAS
Chorei!... Chorei demais!
E no cais da vida
A saída foi olhar o mar...
De amar mais e tanto
Até o encanto se perder
Então, arder a face com o pranto
Escorreram lágrimas feito rio
Num frio leito, até a foz
E a voz desaguou em calafrio
Foi impossível deter as águas
Mas as mágoas, por fim, secaram
E passaram a ser deserto
Sob um sol escaldante
O que antes era tormento
Hoje é o sal que dá sabor ao alimento...