SALINAS DESERTAS

Chorei!... Chorei demais!

E no cais da vida

A saída foi olhar o mar...

De amar mais e tanto

Até o encanto se perder

Então, arder a face com o pranto

Escorreram lágrimas feito rio

Num frio leito, até a foz

E a voz desaguou em calafrio

Foi impossível deter as águas

Mas as mágoas, por fim, secaram

E passaram a ser deserto

Sob um sol escaldante

O que antes era tormento

Hoje é o sal que dá sabor ao alimento...

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 18/04/2010
Código do texto: T2203725