um grito afiado
Com a espada apontada para um alvo,
Grito por súplicas ao sublime Eros
Grito encorajado, grito amedrontado,
Que só pede um pouco de consciência mitológica.
Seja coerente, que minha alma não agüenta
Mas tanta dor pela perda do meu amor.
Peço que tenha compaixão desse pobre
Ser que a única culpa de sua vida
Foi amar demais uma pessoa a quem não lhe quer.
É que meu universo está cheio de estrelas
Amarguradas e embriagadas de ilusões.
Que a flecha de ouro do seu arco
Arrume outro pobre coração.
Como ser amiúde, que sou
Tenho uma última súplica
É para um outro ser e não eu.
É um novo alvo guiado pelo meu coração.
Não tem erro, Eros é só entra no labirinto
Que se enterra em meu peito
E leva consigo o arauto que ensinará
O caminho para a sua flecha.
Suplico aos dois seres mitológicos.
Súplicas oferecidas a ti e a tua mãe.