PERDÃO

PERDÃO

Eduardo B. Penteado

Não posso ver-te, sob pena de uma velha dor

A dor que tua redoma em mim provoca

Inatingível!

Caminhei muito e para longe

Somente para encontrar-te na direção oposta

Ah, como eu jurei...

Jurei nunca mais dedicar a ti minha poesia

Jurei que nunca te amei

Jurei...

Oi.

Sei que andas linda

E quiseras não ter-me feito sofrer

Segurei tua mão ontem, e lembrei que és...

Algo escapou da mais profunda masmorra

E foge rumo à superfície

Os portões explodem, e o Algo avança

Por que insistes em ficar tão perto de mim?

Inatingível, é o que és...

Dona de uma crueldade indômita e bela

Melhor nem mencionar teus olhos, pois...

Pedi-te para não me encarares e desobedeceste

Por quê?

Pediste perdão.

Aqui tens Algo parecido.

Ou não...

Eduardo Barcellos Penteado
Enviado por Eduardo Barcellos Penteado em 16/04/2010
Código do texto: T2201552
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