JELIEL
ei, Jeliel,
meu anjinho da guarda,
parente de um querubim
fica ao meu lado,
ao meu lado,
meu lado
[não sai de mim!]
metros e meio de altura,
medido,
do céu ao chão;
mas, aí meu Deus, como anjos são altos
[sobe mais não!]
aconteceste em um dois de junho
para me atucanar:
qual a criança não faz nada de errado?
[deixa pra lá!]
a tua sombra,
maior do que a minha,
só quer saber de abraçar, e abraçar e abraçar;
quero nas nuvens outro pega-pega
[dá-me voar!]
quietinho pede
ser meu sofrer pouco,
que não me caiba o morrer,
só não te esqueças de mim tão aos poucos
[hei de descer!]
vem cá já, já
meu anjinho de guarda,
parente de um querubim,
deita ao meu lado
ao meu lado,
meu lado
[não sai de mim!]