Às vezes me perco de MIM
Às vezes me perco de Mim.....
E o gosto não tem mais gosto
E os lábios se ressecam e digo Não!
Só digo Não!
Meus olhos também secam
E o coração segue os olhos
Continuo repetindo: Não!
Fico murcha, aflita, contida, apertada por dentro como num ataúde
Não vejo o azul do Céu quando ele aparece a me saudar
Não vejo!
Não sinto!
E você chega e nunca me vê!
Teu sorriso sem cor
Me diz que continua a não me ver
Aí mais eu me perco de Mim
Entro nas areias frias do deserto da’lma e digo: Não!
Não a Mim e Não a Ti!
E o tempo passa
E o deserto das areias frias me chamam para nunca mais voltar.
Às vezes cedo ao pedido e me deixo encobrir pelo frio do deserto
Às vezes fujo ao pedido e ouso responder ao Céu quando me saúda
Mais não tenho forças e digo Não!
Às vezes me perco de Mim!
E só sinto o sabor da aridez das areias frias do deserto em Mim.