COMO FARIA DE VOCÊ MINHA...

COMO FARIA DE VOCÊ MINHA...

Eu daqui, com meus meios

Iria por ti, sem ser breve

Desceria as mãos pelos seios

Tocando-os sutilmente, de leve

Rodopiando as mãos por eles discretas

E em breve aperto sentiria que estão tesos

Subiria sua blusa desnudando-os

Para ver sem as frestas

O desejo de ti brotando

Sentir você assim, em festa

Tornar-me um homem louco

De ficar sem sentir o chão

É a mais louca mistura

Sendo você como é um vulcão

Melhor é deixar fluir

Cada pensamento perverso

Cada riso insólito

Cada passo incerto

Cada toque mais perto

De onde quero chegar

Deixa você sem ação

Deixar você com excitação

Fazer você gemer alto

Faz de mim seu refrão

Pra te tomar de assalto

Posto que seja minha canção

E te canto sem subir no palco

Posso percorrer teu sorriso

Beijarei esses lábios soberbos

Faço isso e insisto

Você é minha viciante carne

Sou seu perdido verbo

Fez em mim poesia

Faço em ti minha cia

Percorro em você um carinho

Desejo rasgar tuas vestes

Desejo por-te de quatro, sozinho

E formar com seu corpo desnudo

Num lento compasso de tudo

De pontas livres há se unirem

Fazer com que você se vire

E me grite que nunca mais pare

Fez de mim teu amigo

Feito em mim teu amante

Fiz de ti minha musa

Faz comigo o que quiser

Faz amor, usa e me abusa

Sou nessa hora teu homem

Se tu quer

E desejo mesmo distante

Que sejas tu minha, “oh mulher...”

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 16/04/2010
Código do texto: T2201001
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