COMO FARIA DE VOCÊ MINHA...
COMO FARIA DE VOCÊ MINHA...
Eu daqui, com meus meios
Iria por ti, sem ser breve
Desceria as mãos pelos seios
Tocando-os sutilmente, de leve
Rodopiando as mãos por eles discretas
E em breve aperto sentiria que estão tesos
Subiria sua blusa desnudando-os
Para ver sem as frestas
O desejo de ti brotando
Sentir você assim, em festa
Tornar-me um homem louco
De ficar sem sentir o chão
É a mais louca mistura
Sendo você como é um vulcão
Melhor é deixar fluir
Cada pensamento perverso
Cada riso insólito
Cada passo incerto
Cada toque mais perto
De onde quero chegar
Deixa você sem ação
Deixar você com excitação
Fazer você gemer alto
Faz de mim seu refrão
Pra te tomar de assalto
Posto que seja minha canção
E te canto sem subir no palco
Posso percorrer teu sorriso
Beijarei esses lábios soberbos
Faço isso e insisto
Você é minha viciante carne
Sou seu perdido verbo
Fez em mim poesia
Faço em ti minha cia
Percorro em você um carinho
Desejo rasgar tuas vestes
Desejo por-te de quatro, sozinho
E formar com seu corpo desnudo
Num lento compasso de tudo
De pontas livres há se unirem
Fazer com que você se vire
E me grite que nunca mais pare
Fez de mim teu amigo
Feito em mim teu amante
Fiz de ti minha musa
Faz comigo o que quiser
Faz amor, usa e me abusa
Sou nessa hora teu homem
Se tu quer
E desejo mesmo distante
Que sejas tu minha, “oh mulher...”