Esperança (Para Joana Darque)
Ainda brilhará nos teus olhos o brilho dos meus olhos?
Ignorará este amor, o muro ilusório, que se levanta, inexoravelmente?
Tal qual criança, teimo em acreditar, em não ver o muro..
Embora seja tão difícil!
Mas, vou seguindo...
Tentando não derramar pétalas de poesia pelo caminho
Onde um ser incauto poderia pisotea-las.
Pois que esta flor
Outrora tão viçosa
Parece precisar da tua água
Para continuar tingindo nossa atmosfera
Com matizes de um amor, fugaz, com asas ligeiras
No qual fui teu e você foi minha.
Cálida margarida
Que deixa entre o bem me quer e o mal me quer,
A esperança do talvez.