VINGANÇA

Quando a praga fútil da vingança

-- espinhos de ódio e mal-querer

Nascem para exterminar a esperança

Somente a maldade sente prazer

Quando brota um inimigo no canteiro

Não desabrocha quase nenhuma flor

-- pétalas de alegria e perfume verdadeiro

Então acaba por existir o desamor

Nessa luta não adianta praguejar

Nem escurraçar os maus viventes

Pois todos, de Deus, são sementes

O melhor é arar a terra para arejar

Adubá-la com paciência e sabedoria

E esperar que se renove a filosofia

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 15/04/2010
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