VINGANÇA
Quando a praga fútil da vingança
-- espinhos de ódio e mal-querer
Nascem para exterminar a esperança
Somente a maldade sente prazer
Quando brota um inimigo no canteiro
Não desabrocha quase nenhuma flor
-- pétalas de alegria e perfume verdadeiro
Então acaba por existir o desamor
Nessa luta não adianta praguejar
Nem escurraçar os maus viventes
Pois todos, de Deus, são sementes
O melhor é arar a terra para arejar
Adubá-la com paciência e sabedoria
E esperar que se renove a filosofia