Senso em Desalinho

Perdi o senso

Ou o senso me perdeu?

Sinto um calor intenso

Quando lembro os amores meus!

Cortei o destino com uma navalha

E o deixei sangrar até esvair-se...

O tempo me libertou para que eu partisse

Levando comigo tão somente uma mortalha.

Um navio singrou os mares dos meus pensamentos

E uma procela abstrata desenhou-me o caminho,

Naveguei pelas vagas alegóricas silente e sozinho

Bebendo gotas de sangue do destino a cada momento.

No frenesi de um torvelinho busquei o senso,

Mas novamente o perdi num calafrio imenso!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 14/04/2010
Código do texto: T2197611
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