Senso em Desalinho
Perdi o senso
Ou o senso me perdeu?
Sinto um calor intenso
Quando lembro os amores meus!
Cortei o destino com uma navalha
E o deixei sangrar até esvair-se...
O tempo me libertou para que eu partisse
Levando comigo tão somente uma mortalha.
Um navio singrou os mares dos meus pensamentos
E uma procela abstrata desenhou-me o caminho,
Naveguei pelas vagas alegóricas silente e sozinho
Bebendo gotas de sangue do destino a cada momento.
No frenesi de um torvelinho busquei o senso,
Mas novamente o perdi num calafrio imenso!