Lanterna de Sombras.

Escravo da visão descreve o medo

Risca o desconhecido no encoberto

Busca o indescritível que há no incerto

A causa que põe asas nos enredos.

Janelas são fronteiras do degredo

A solidão faz casa no deserto

Respostas clamam dúvidas por perto

Dos medos sucedidos em segredo.

Inominada fé, também devora;

O credo que dá vida a seu rival

A cela que medindo mundo afora,

Perde-se na vazão do bem e mal

No temor ancestral que sempre aflora

Como agonia da fábula vital.