O VENTO
Durante a noite, toda a noite
Um vento intenso balançou os fios que levam
Energia para a cidade,
E balançou também a copa das árvores,
E balançou as árvores e as pontes,
E balançou os telhados das casas e
Igrejas,
E calou o barulho dos homens
E só ele, o vento,
Se fez ouvir
De um lado a outro
Da cidade.
E os homens,
Os homens calaram-se
E não disseram uma palavra
Sequer,
Emudeceram de espanto.
E só ele o vento
Falou
Varreu de um canto a
Outro
A opressão e a covardia.
Depois raiou o dia.
O vento na sua fúria
E na sua faina
Serenou,
E os homens,
Os homens
Retornaram aos seus trabalhos
e demandas
Tagarelas e despreocupados
Como se nada,
Nada
Tivesse acontecido.
Durante a noite, toda a noite
Um vento intenso balançou os fios que levam
Energia para a cidade,
E balançou também a copa das árvores,
E balançou as árvores e as pontes,
E balançou os telhados das casas e
Igrejas,
E calou o barulho dos homens
E só ele, o vento,
Se fez ouvir
De um lado a outro
Da cidade.
E os homens,
Os homens calaram-se
E não disseram uma palavra
Sequer,
Emudeceram de espanto.
E só ele o vento
Falou
Varreu de um canto a
Outro
A opressão e a covardia.
Depois raiou o dia.
O vento na sua fúria
E na sua faina
Serenou,
E os homens,
Os homens
Retornaram aos seus trabalhos
e demandas
Tagarelas e despreocupados
Como se nada,
Nada
Tivesse acontecido.