Abençôe as nossas flôres
Senhor!
Abençôe as nossas flôres,
Perfumes de ricos odores,
Com elas eu canto louvores,
E cismo de não chorar.
Oh meu Pai, a primavera!
É o certo real da quimera,
E outro aroma é deveras,
Perfume que vem a somar.
Senhor!
Abençôe as nossas flôres,
Dos pirilampos caçadores,
Que tem seus sublimes valores,
Com os jardins a iluminar.
Oh Pai tende piedade!
Pois, tudo é felicidade,
E nesta feliz cidade,
Vamos todos te louvar.
Senhor!
Abençôe as nossas flôres,
De festivos esplendores,
De suavidade e calores,
E que vão me acompanhar.
Quando os meus olhos fecharem,
Quando as glórias retornarem,
Quando os amigos chorarem,
Na hora de me sepultar.