Abençôe as nossas flôres

Senhor!

Abençôe as nossas flôres,

Perfumes de ricos odores,

Com elas eu canto louvores,

E cismo de não chorar.

Oh meu Pai, a primavera!

É o certo real da quimera,

E outro aroma é deveras,

Perfume que vem a somar.

Senhor!

Abençôe as nossas flôres,

Dos pirilampos caçadores,

Que tem seus sublimes valores,

Com os jardins a iluminar.

Oh Pai tende piedade!

Pois, tudo é felicidade,

E nesta feliz cidade,

Vamos todos te louvar.

Senhor!

Abençôe as nossas flôres,

De festivos esplendores,

De suavidade e calores,

E que vão me acompanhar.

Quando os meus olhos fecharem,

Quando as glórias retornarem,

Quando os amigos chorarem,

Na hora de me sepultar.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 14/04/2010
Reeditado em 15/04/2010
Código do texto: T2196581
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