Nômade

Rarefeita fala,

é fato,

de conquistar nuvens com teu olho.

De passar por tundras sem se arrepiar,

de mudar no seu nômade modo de pensar.

Águas quentes são frias,

quando em ebulição tocam a linha do

horizonte laranja, gelado,

queimado de sol,

reluz no farol a semente do mar,

olho transpira na mente,

o nômade modo de pensar.

Minhas águas internas esfriam,

a água vermelha, quente, de maré,

a onda é leve, alta,

resfriam.

O corpo responde, sonhos transcendem,

a paz se instala, intríseca.

É quando voz, pés e coração se unem,

num só.

As asas dão um nó,

mas palpitam pelo ar,

e adimirando, agradeço.

Retirando os véus, graças aos céus,

pelo meu nômade modo de pensar.