Último verso às horas (que não merecem).

Liso, escorregadio,

Guiado a dedos de zelo

Assim é o passar das horas

Por entre fios de cabelo.

Olhando o mar

Procuro preencher espaços

No som, no choro do mar.

Lentamente a maré caminha

Sob efeito de teus passos.

Então repousando na repercussão das horas

na mente voraz,

Que as horas se ajoelham e imploram;

Pedem pra não passar mais.