Louco Banquete de Mulher

Louca vida de ter e ver

Tão longe de mim um banquete

Pouca sorte que eu tenho

De me servir só de versos

Nessa tela fria

Do prato que se esconde

No sorriso que vem de longe

Da boca que bela serve-me

A comida que eu quero sorver...

Louco Banquete de Mulher

Esta criação divina e cibernética

Que faz com que se indigestão houver

Só de indigitadas teclas herméticas

Fazendo flutuar uma imagem

De menina que na tela levita

Faz-se uma bela mulher

Quão uma tarde bela na quinta...

Louco é sofrer assim

Longe do caminho de volta

Sentindo fome em letras sem fim

Atirados ao ar em revolta

Como flechas de fogo carmim

Disparadas pela borda

Do cristal que se ilumina e solta

Toda a luz que vem à cortar

O mais louco dia pra mim

Viver nele sem sonhar

De me banquetear

Do mais lindo prato

De mulher de fino trato

Que me faz perambular

Nas linhas das letras que traço

Vividas e semi-mortas...

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 12/04/2010
Código do texto: T2193177
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