CORAÇÃO AO VENTO

Vento trazei-me o cheiro das flores,

o dadivoso gosto do amor,

e ensinai-me outro amar.

Que me bendigas e me alerte,

ao flertar com dúvidas e razões,

de perseguir meus sonhos.

Acordai-me batendo na vidraça,

lançando os cacos entre as portas,

das ilusões vividas.

Num gesto gentil de não aceitar a discórdia

nem os “nãos” da pessoa amada.

Mas leve vento matutino,

o que de bom reside em mim.

Minha força em sentir mil dores e sorrir,

no acreditar que a resignação humana,

produz nobres sentimentos.

Mas se quiseres, levai-me contigo!

Apresentai-me as nuvens e ao sol de primavera,

dando-me a promessa que reinarei as tempestades.

Pois sou fruto dos confrontos e ventanias,

que um dia ordenou meu anárquico coração.

Jayme Tijolin
Enviado por Jayme Tijolin em 12/04/2010
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2192825
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