CORAÇÃO AO VENTO
Vento trazei-me o cheiro das flores,
o dadivoso gosto do amor,
e ensinai-me outro amar.
Que me bendigas e me alerte,
ao flertar com dúvidas e razões,
de perseguir meus sonhos.
Acordai-me batendo na vidraça,
lançando os cacos entre as portas,
das ilusões vividas.
Num gesto gentil de não aceitar a discórdia
nem os “nãos” da pessoa amada.
Mas leve vento matutino,
o que de bom reside em mim.
Minha força em sentir mil dores e sorrir,
no acreditar que a resignação humana,
produz nobres sentimentos.
Mas se quiseres, levai-me contigo!
Apresentai-me as nuvens e ao sol de primavera,
dando-me a promessa que reinarei as tempestades.
Pois sou fruto dos confrontos e ventanias,
que um dia ordenou meu anárquico coração.