MEU HOLOCAUSTO
MEU HOLOCAUSTO
Diana Lima
Resinar-me, entregar-me
Sempre em sacrifício
Viver a vida em suplício
Em perdão, em doar coração
Morrer à cada entardecer
À cada indiferença
Sempre julgada, em sentença
Sentença de morte
És minha sorte
Morrer à cada violência
Marcada na alma
Violência muda, calada
Maior que a física, resignada
Dono de mim, de meu ser
À tentar me guardar, sem saber
À preservar-me, à me esconder
Que me matas, vivo à sofrer
Meu coração caminha
Ao passo de triste compasso
De mãos atadas, sobra somente
Que desejes me libertar...
Somente a alma,
Pois minha vida, fez escoar...
Itanhaém/SP, 06/01/2004