MEU HOLOCAUSTO

MEU HOLOCAUSTO

Diana Lima

Resinar-me, entregar-me

Sempre em sacrifício

Viver a vida em suplício

Em perdão, em doar coração

Morrer à cada entardecer

À cada indiferença

Sempre julgada, em sentença

Sentença de morte

És minha sorte

Morrer à cada violência

Marcada na alma

Violência muda, calada

Maior que a física, resignada

Dono de mim, de meu ser

À tentar me guardar, sem saber

À preservar-me, à me esconder

Que me matas, vivo à sofrer

Meu coração caminha

Ao passo de triste compasso

De mãos atadas, sobra somente

Que desejes me libertar...

Somente a alma,

Pois minha vida, fez escoar...

Itanhaém/SP, 06/01/2004

Diana Lima
Enviado por Diana Lima em 03/06/2005
Código do texto: T21926