OBSCURO
OBSCURO
Emanara dos olhos
Tristes, gotas sentidas,
Da dor que devaneia
Dentro da alma contida.
Mágoa profunda. Mal
Que no peito devassa.
Abismo que laça e,
Pelo corpo entrelaça...
É um mal-estar dorido
Que divaga e sufoca.
Tudo é vazio. E cresce
No silêncio que toca.
Tal angústia, em mim,
Nasceu, morou... Sangrei
Roeu meu coração.
Não suportei, chorei.
Foram gotas sentidas
Dessa angústia que vem.
Bate, devasta e sai.
Como se fosse alguém.
Que mistério é esse:
Vem do nada. Machuca!
Fere nosso interior
E vai embora sem luta?
Benjamines
“No silêncio de tudo, converse com o seu amigo: Deus!