OBSCURO

OBSCURO

Emanara dos olhos

Tristes, gotas sentidas,

Da dor que devaneia

Dentro da alma contida.

Mágoa profunda. Mal

Que no peito devassa.

Abismo que laça e,

Pelo corpo entrelaça...

É um mal-estar dorido

Que divaga e sufoca.

Tudo é vazio. E cresce

No silêncio que toca.

Tal angústia, em mim,

Nasceu, morou... Sangrei

Roeu meu coração.

Não suportei, chorei.

Foram gotas sentidas

Dessa angústia que vem.

Bate, devasta e sai.

Como se fosse alguém.

Que mistério é esse:

Vem do nada. Machuca!

Fere nosso interior

E vai embora sem luta?

Benjamines

“No silêncio de tudo, converse com o seu amigo: Deus!

Benjamines
Enviado por Benjamines em 12/04/2010
Código do texto: T2192549