INOCÊNCIA
Entrego minh’alma,
no limiar da vida.
E junto, com calma,
a inocência perdida.
Com consciência,
partiu noite afora.
Com a indulgência,
de quem vai embora
Foi-se apesar de nós,
pela noite consentida.
Açoitou-nos o algoz,
em sua despedida.
Levou nossos medos,
dentro dela contidos.
Tal qual os enredos,
de sonhos, atrevidos.
Marco Orsi
12.04.2010