Soneto da Moça do Rio

Nesse pós pesadelo

acaricio teu cabelo

e beijo tua face,

torcendo que o tempo não passe.

Desejos reprimidos

explodem atrevidos;

percorro teu corpo

sabendo-te orquidea do Horto.

Já não há pecado,

nem certo ou errado;

apenas o instante deslumbrado.

Por ti, moça do Rio,

foi-se o frio e o vazio,

exilados e banidos pelo riso que rio.