A OUTRA
Jogo no chão o amarrotado vestido
Coberto de farpas de sol
Bordado com as linhas da vida
Puído das marcas
Do tempo perdido
Piso no irônico vestido
Ali largado
E colo em toda a extensão do corpo
Diamantes de lágrimas
Fico olhando no espelho
A outra
Aquela que somente eu mesma vejo
***
SARGENTO JORGE, QUERIDO COLEGA E AMIGO, CONTO UMA HISTÓRIA RAPIDINHA. O IRMÃO DA NOIVA DE MEU FILHO, GUSTAVO, UM INTELIGENETE MENINO DE APENAS SETE ANOS DE IDADE, OUTRO DIA, QUANDO FOMOS A UM RESTAURANTE NA ORLA DE ARACAJU, OLHOU BEM PRA MIM E DISSSE: SABE PQ VC SE SENTE PROTEGIDA COMIGO? KKKKKKKKKKKKKKK FIQUEI SEM PALAVRAS POR UNS MOMENTOS. QUE MENINO! ENTÃO, PERGUNTEI: POR QUE, GUGA? O MENINO FEZ O BRAÇO DE MOSTRAR O MUQUE E RESPONDEU, OLHANDO BEM NOS MEUS OLHOS: POR CAUSA DISTO AQUI QUE TENHO NO BRAÇO.
VOCÊ ACHA, JORGE, QUE DÁ PRA ESQUECER ALGO ASSIM?
POIS EU ME SINTO PROTEGIDA POR VOCê E FELIZ COM SUA PARTICIPAÇÃO NESTA ESCRIVANINHA QUE É NOSSA:
"E o medo do espelho?/Aquele estranho pavor/em reconhecer tudo e todos,/menos eu próprio?/E o medo ao opróbio?/O canhestro pavor/ em descobrir, na imagem/refletida na coragem,/ o medroso que eu sou?!" MEDO DE MIM, 1999 - Para ti, Mestra Tânia querida! Beijo do sargento.