DESTA PINTURA... TÃO IMPURA

Deite-se na rede

Poste-se completa

Não se curve a sede

Do teu pequeno poeta

Daqui vêem se os tipos que faz

Ora pura e ingênua

Da hora sapeca e fugaz

Quero você em todos os meios

Quero da tua boca aos seios

Quero em ti os anseios

De ser menina, moleca

Mas quero mais sempre

Quero de corpo e de’mente

Quero vil e contente

Observar-te em casa detalhe

Como o artista no entalhe

Da madeira dura e fria

Tirar da minha lente vazia

A beleza que enche as vistas

Preciso de mais, me de pistas

D’onde te encontro toda

Pura ou despudorada

Leve ou violentada

Mulher ou puta

Carne ou alma

Quero o que me destrói

Em tudo em que você acalma...

Arqueirorj
Enviado por Arqueirorj em 10/04/2010
Código do texto: T2188826
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