DESTA PINTURA... TÃO IMPURA
Deite-se na rede
Poste-se completa
Não se curve a sede
Do teu pequeno poeta
Daqui vêem se os tipos que faz
Ora pura e ingênua
Da hora sapeca e fugaz
Quero você em todos os meios
Quero da tua boca aos seios
Quero em ti os anseios
De ser menina, moleca
Mas quero mais sempre
Quero de corpo e de’mente
Quero vil e contente
Observar-te em casa detalhe
Como o artista no entalhe
Da madeira dura e fria
Tirar da minha lente vazia
A beleza que enche as vistas
Preciso de mais, me de pistas
D’onde te encontro toda
Pura ou despudorada
Leve ou violentada
Mulher ou puta
Carne ou alma
Quero o que me destrói
Em tudo em que você acalma...